24.8.06

Viciado


Amigos como eu sempre,
duvidas daqui para a frente sobre os seus propósitos,
é díficil não questionar,
canto do telhado para toda a gente ouvir,
os gatos dos vizinhos gostam de assistir,
enquanto a música não me acalmar,
não vou descer não vou enfrentar,
o meu vício de ti não vai passar,
e não percebo porque não esmurece,
ao que parece o meu corpo não se esquece,

não esqueci,
não antevi,
não adormeci,
o meu vício de ti,

levei-te à cidade mostrei-te ruas e pontes,
sem receio atraí-te as minhas fontes,
por inspiração passamos onde mais ninguém passou,
ali algures algo entre nós se revelou,
enquanto a musica não me acalmar,
não vou descer, não vou enfrentar,
o meu vício de ti não vai passar,
e não percebo porque não esmurece,
será melhor deixar andar,
será melhor deixar andar,

não esqueci,
não antevi,
não adormeci,
o meu vício de ti,

eu canto a sós para a cidade ouvir,
e entre nós há promessas por cumprir,
mas sei que nada vai mudar,
o meu vício de ti não vai passar, não vai passar...

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